Da Agência Brasil
Brasília - A Polícia Militar do Rio de Janeiro começou na manhã de hoje (26) mais uma etapa do processo de pacificação dos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte da capital fluminense. Desde o início da manhã, cerca de 400 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), em conjunto com outros batalhões, fazem uma operação nos morros do Adeus e da Baiana, duas comunidades pertencentes ao Complexo do Alemão.
O porta-voz da Polícia Militar, major Ivan Blaz, explicou que a operação, que ainda está em andamento, transcorre com tranquilidade. A ação, que tem o objetivo de preparar o local para receber uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), conta com o apoio de carros blindados e motos, além do efetivo de homens das Forças Armadas.
Segundo o major, os homens estouraram uma central clandestina de TV a cabo (conhecida como "gatonet"), porém não houve presos. Ele ressaltou que a PM promove ainda uma ação nas comunidades de Santa Cruz, na zona oeste do Rio, e Mangueirinha, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, com dois presos em cada local. "Comunidades carentes, que sofrem ação da mesma facção criminosa que outrora atuava no Complexo do Alemão, estão com operações policiais para que possamos monitorar uma possível fuga ou migração dos marginais", disse.
Durante a ação, a Polícia Militar contou com o apoio do Departamento de Trânsito (Detran), que realizou a Operação Garupa, com o objetivo de apreender motos irregulares e roubadas. Nela, todos os motoristas e motociclistas foram solicitados a mostrar documentos dos veículos e a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O Bope alerta também para que os moradores denunciem locais com drogas, armas ou esconderijos de criminosos.
No dia 27 de março, a PM iniciou a primeira etapa no processo de pacificação do Complexo do Alemão, substituindo o Exército, que ocupava as comunidades de Nova Brasília e Fazendinha, onde as UPPs foram inauguradas no dia 18 de abril.
Edição: Talita Cavalcante