Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A economia de recursos pelo Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) para pagar os juros da dívida pública atingiu R$ 7,558 bilhões em março, divulgou há pouco o Tesouro Nacional. O superávit primário é o segundo melhor registrado para o mês, só perdendo para março de 2008, quando o esforço fiscal havia somado R$ 10,607 bilhões.
O resultado de março elevou o superávit acumulado em 2012 para R$ 33,754 bilhões, valor 31,3% maior que o dos três primeiros meses do ano passado. A economia já é cerca de 20% maior que a meta de R$ 27,6 bilhões estabelecida para o primeiro quadrimestre – janeiro a abril.
Os dados do Tesouro mostram que a ampliação do esforço fiscal decorreu mais do crescimento das receitas do que da contenção dos gastos federais. No acumulado de 2012, as despesas do Tesouro cresceram 12% em relação ao mesmo período do ano passado. As receitas líquidas, no entanto, aumentaram 14,6%, o que permitiu a ampliação do superávit primário neste ano.
Os gastos de custeio, com a manutenção da máquina pública, estão em aceleração e aumentaram 11,5% de janeiro a março, contra alta de 7,7% registrada no mesmo período de 2011. As despesas com o funcionalismo público, no entanto, estão com o crescimento estabilizado, tendo subido 3,3% no primeiro trimestre, contra 3,6% registrados nos três primeiros meses de 2011.
Os investimentos federais, que englobam as obras públicas e o programa Minha Casa, Minha Vida, também estão em expansão e subiram 23,5% no acumulado do ano. Esses gastos desaceleraram em relação ao ano passado, quando a alta acumulada até março somava 31%, mas subiram em relação a fevereiro, quando o aumento na comparação com os dois primeiros meses de 2011 era apenas 3,3%.
Edição: Lana Cristina