Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Praça Tahir, no centro do Cairo, no Egito, transformada em símbolo da resistência política, amanheceu hoje (20) ocupada por ativistas políticos. Os manifestantes exigem o fim da Junta Militar que governa o país desde 11 de fevereiro de 2011 - quando o então presidente Hosni Mubarak renunciou - e a realização imediata de eleições presidenciais. A ideia, segundo os organizadores do protesto, é reunir 1 milhão de pessoas.
A manifestação conta com o apoio da Irmandade Muçulmana, que ganhou força política nas eleições parlamentares, concluídas em janeiro deste ano. "A Junta Militar, na minha opinião, não atua de maneira a transferir o poder [para um candidato que venha a ser eleito]", disse Khairat Al Shater, que faz parte da Irmandade Muçulmana.
O fim do governo Murak não encerrou, por exemplo, os privilégios conquistados pelos militares durante sua gestão. As concessões dadas a eles geram protestos no Egito, que sofre com o desemprego, com dificuldades na economia interna e com registros de limitações ao acesso à alimentação por parte da população.
A Junta Militar é comandada pelo marechal Hussein Tantawi, que participou de uma fase do governo Mubarak. Para os manifestantes, Tantawi resiste em promover eleições presidenciais no país e implementar as reformas prometidas quando o assumiu o governo.
*Com informações da emissora estatal de televisão do Irã, Press TV.//Edição: Graça Adjuto