Da Agência Brasil
Brasília - De janeiro a abril deste ano, 10 pessoas morreram em cidades baianas devido às complicações causadas por meningite meningocócica, sendo que 6 mortes ocorreram em Salvador. A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia e a Vigilância de Emergência e Saúde Pública local informaram também a ocorrência de 43 casos da doença nesse período, em todo o território baiano.
O relatório, atualizado com dados até o dia 4, não contabiliza a morte de duas mulheres vítimas de meningite do tipo C, ocorridas no último sábado (7). Segundo a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), uma das vítimas - que não teve o nome divulgado - ficou três dias internada no Hospital Couto Maia (referência para doenças infectocontagiosas no estado), até a morte.
A segunda vítima foi a merendeira Neuza dos Santos, de 47 anos, internada no Hospital São Marcos no dia 18 de março. Segundo a Secretaria de Educação do Estado da Bahia, Neuza estava com o contrato suspenso e não teve contato com os alunos. As pessoas que tiveram proximidade com a merendeira foram medicadas.
Segundo o coordenador da Vigilância de Emergência e Saúde Pública do Estado da Bahia, Juarez Dias, desde 2011 as autoridades estaduais intensificaram a campanha de vacinação e ampliaram o público para alcançar também crianças com menos de 5 anos. Em Salvador, capital baiana, as vacinas foram aplicadas também em adolescentes e adultos de até 24 anos. No Brasil as vacinas da meningite fazem parte do calendário básico de vacinação e são administradas até os 2 anos de idade.
Mesmo com a campanha de prevenção, o número de casos, quando comparado ao mesmo período do ano passado, subiu de 38 ocorrências para 43 este ano. O número de óbitos por doenças meningocócicas, no entanto, se igualam, com 10 mortes nos quatro primeiro meses. “Infelizmente, ainda não existe vacina para todos os tipos de meningite, o que facilita as epidemias da doença que ocorrem todos os anos”, explicou Juarez Dias.
Edição: Davi Oliveira