Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Produtores de maçã e uva terão o limite de financiamento do Programa de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem (Moderinfra) aumentado de R$ 1,3 milhão para R$ 2,6 milhões de reais. A medida, autorizada hoje (29) pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), estabeleceu que o limite adicional deve ser destinado, exclusivamente, à aquisição de instalações para proteção de pomares, minimizando os riscos de perdas por queda de granizo.
No resumo da decisão, o CMN informou que, no caso específico da maçã, o limite atual é insuficiente para cobrir as despesas com a proteção dos pomares com mais de 42 hectares, já que o investimento varia entre R$ 30 mil e R$ 40 mil por hectare só com a compra de materiais como tela, arame e palanques. As linhas de crédito do Moderinfra têm taxa de juros de 6,75% ao ano e prazo de reembolso de até 12 anos, com três anos de carência.
"A cobertura nos pomares representa 90% de proteção contra intempéries climáticas. Diminui o risco do produtor, reduz a necessidade de subvenção do governo para o seguro e melhora a qualidade do produto", explicou o secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, João Rabelo.
Segundo o técnico da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura Gustavo Firmo, a tela de proteção nos pomares substitui a necessidade de seguro contra granizo. A durabilidade da cobertura pode chegar a 15 anos, dependendo do material usado e das condições climáticas enfrentadas.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes a 2010 mostram que Santa Catarina é responsável por metade (49%) da produção de maçã do país, com área plantada de 18,4 mil hectares e 672 mil toneladas do fruto colhidas. Logo em seguida vem o Rio Grande do Sul, com 46% da produção nacional, 17,1 mil hectares plantados e 634 mil toneladas colhidas.
Edição: Vinicius Doria