Da Agência Brasil
Brasília – Hoje (28), o Hospital de Base recebeu pela segunda vez o projeto Música nos Hospitais. Músicos da Orquestra Limiar, sob a regência do médico e maestro Samir Rahme, alegraram e emocionaram pacientes, médicos, enfermeiros e funcionários em um evento que homenageou as mulheres.
A orquestra apresentou-se no corredor interno do ambulatório. Pessoas que esperavam para serem consultadas, acompanhantes e até mesmo aqueles que foram ao hospital apenas para pegar medicamento apreciaram a 9ª edição do projeto, promovido pela Associação Paulista de Medicina (APM), em parceria com a empresa Sanofi Aventis. O projeto já foi visto por mais de 30 mil pessoas e revelou jovens talentos da música.
A aposentada Cecilia Pinto Brandão, de 65 anos, disse que a orquestra foi uma surpresa muito grande para ela e que este tipo de ação realmente ajuda na recuperação de pessoas doentes. “Estive internada aqui há alguns anos e foi exatamente projetos como este que me levantaram. Estar dentro de um hospital é muito triste, é deprimente, e quando você recebe visitas como esta, o ânimo vai lá em cima”, disse Cecília.
De acordo com o diretor adjunto de Defesa Profissional da APM, Marun David Cury, a influência da música é direta no paciente doente, porque com esse tipo de informação lúdica a pessoa se torna mais feliz, o sistema de imunidade responde melhor e a chance de recuperação é muito maior do que sem esse tipo de tratamento. “Temos depoimentos de vários médicos em que os pacientes participaram desses projetos humanitários e apresentaram melhoria no quadro clinico”,disse.
Para a diretora de comunicação da Sanofi, Cristina Moscardi, a música renova a dimensão humana de pessoas que estão passando por momentos difíceis. “A música proporciona uma pausa. Ela conforta, faz a gente lembrar de coisas boas, traz uma memória afetiva. Por mais fantástica que a medicina seja, com todos os inúmeros avanços que obtivermos na história, uma simples música contribui para que os pacientes se restabeleçam mais rapidamente”, disse.
O programa de hoje incluiu músicas de artistas como Tom Jobim, Gonzaguinha e John Lennon. O maestro Samir Rahme diz que um compositor que nunca faltou em nenhum concerto é Mozart, citado por Rahme com grande orgulho. “Esse projeto é muito especial. Estamos lançando uma semente e esperamos que ela se prolifere. Humanização significa levar a música para o coração das pessoas”, diz.
O projeto, além de ajudar as pessoas doentes, oferece novas culturas para um público tão peculiar. A estudante Stefanie da Silva, de 15 anos, teve seu primeiro contato com música clássica na apresentação de hoje. “Eu nunca tinha visto uma orquestra. É uma coisa muito diferente, nova para mim. É lindo, meu coração está palpitando junto com os toques das músicas”, disse a estudante.
O projeto Música nos Hospitais teve mais de 100 apresentações em hospitais de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador e Belo Horizonte. A Orquestra Limiar é formada por 14 músicos.
Edição: Fábio Massalli