Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Embora a delegação brasileira vá contar com estrutura semelhante à dos principais países durante os Jogos Olímpicos de Londres, que começam daqui a 121 dias, a expectativa do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) é que os os atletas apenas repitam o número de medalhas conquistadas em Pequim, em 2008, e subam 15 vezes ao pódio durante a competição.
O Brasil tem até agora 165 esportistas classificados em 23 modalidades. O COB espera classificar cerca de 250 e disputar mais finais que em Pequim, quando elas somaram 41.
De acordo com o superintendente executivo de esportes do COB, Marcus Vinicius Freire, faltou tempo para que o país se preparasse para os Jogos deste ano. Já a meta para os Jogos de 2016, que ocorrerão no Rio de Janeiro, é dobrar o número e conquistar 30 medalhas. Segundo Freire, o objetivo é “agressivo, porém realista”.
“A meta para os Jogos de Londres é fruto de um cálculo matemático feito com base no que aconteceu nos últimos mundiais. Para 2016 esperamos dobrar [o número de medalhas], porque teremos tempo, financiamento, apoio das federações internacionais, das três esferas de governo e da iniciativa privada. Depois da vitória em 2009, quando ganhamos o direito de trazer os Jogos para cá, esse grupo todo demorou um pouquinho para se juntar, por isso a nossa meta forte é para 2016”, explicou.
Ele também destacou que em Londres os atletas brasileiros contarão, pela primeira vez, com um centro de treinamento exclusivo, o Crystal Palace, localizado fora da Vila Olímpica. Essa inovação vai permitir que profissionais credenciados ou não contribuam para melhorar o desempenho dos esportistas. A delegação brasileira também é composta por uma equipe de 64 profissionais ligados à preparação dos atletas, como fisiologia do movimento, psicologia do esporte, fisioterapia, medicina esportiva, além de ciência e tecnologia do esporte.
“É a primeira vez que o Brasil tem um local para treinar a hora que quiser, não divide raia com ninguém, não divide pista nem ginásio. É o sonho de consumo dos atletas, que gostariam de ter o nível que o mundo tem e hoje Brasil chegou nesse nível”, acrescentou.
O presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, destacou a estrutura que o Brasil vai utilizar em Londres. “É o melhor centro de treinamento de Londres. O Crystal Palace é extraordinário e vai facilitar o trabalho para todos”, afirmou.
Nuzman informou ainda que as comissões técnicas e os atletas ocuparão na Vila Olímpica 42 apartamentos, 284 camas em 134 quartos duplos e 16 singles. Além disso, foram reservados, como estrutura de apoio, quartos em hotéis mais próximos às áreas de competição para que os atletas possam descansar.
Edição: Lílian Beraldo