Da Telam
Brasília - Seis vencedores do Prêmio Nobel da Paz lançaram uma campanha internacional para solicitar que a Grã-Bretanha atenda às resoluções das Nações Unidas de retomar as negociações sobre a soberania das Ilhas Malvinas e encontrar uma solução pacífica para a disputa.
Participam da campanha Adolfo Pérez Esquivel (Argentina), Rigoberta Menchú (Guatemala), Mairead Corrigan Maguire (Irlanda do Norte); Desmond Tutu (África do Sul); Jody Williams (Estados Unidos) e Shirin Ebadi (Irã). A campanha é direcionada ao primeiro-ministro britânico, David Cameron.
O grupo destacou que não se trata de uma iniciativa contra o governo britânico, mas uma campanha pelo diálogo e para derrubar os muros da intolerância. “Se a Grã-Bretanha tem argumentos legítimos, deveria argumentar com a Argentina”, declarou.
Outros organismos e entidades internacionais também já se mobilizaram com o mesmo objetivo, como a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Mercado Comum do Sul (Mercosul), a União Sul-Americana das Nacões (Unasul) e a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e do Caribe (Celac).
O Ministério das Relações Exteriores da Argentina propôs que a União Europeia analise a questão das Malvinas e convide os dois países para retomarem as negociações convocadas pela Assembleia Geral das Nações Unidas. “A Grã-Bretanha ignora (a convocação), mostrando desprezo pela mais alta instância para a resolução pacífica dos conflitos entre as nações”, disse o governo argentino.
Já o músico britânico Roger Waters, ex-líder do Pink Floyd, disse em uma entrevista à Televisão Nacional do Chile, que “as Malvinas são argentinas” e que “em 1982, a Guerra das Malvinas salvou a carreira política da primeira-ministra Margaret Thatcher, mas matou muitos britânicos e argentinos”.