Satélite geoestacionário brasileiro poderá ter componentes fornecidos por empresas norte-americanas

13/03/2012 - 16h06

Gilberto Costa e Renata Giraldi
Repórteres da Agência Brasil

Brasília – Empresas norte-americanas poderão ser fornecedoras de componentes do programa Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB) – a ser produzido totalmente no país, para observação militar e comunicação. A informação é do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp. Segundo ele, a coordenação geral do programa será da Agência Espacial Brasileira (AEB).

O SGB está sendo desenvolvido pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), que é privada, com a estatal Telebras. “Estamos começando, agora, a cooperação, que se destina a atender à banda larga. É um projeto puramente industrial, pelo qual já foi constituída uma empresa da Telebras e Embraer”, disse Raupp.

De acordo com o ministro, o programa do SGB envolve compras estrangeiras e a coordenação brasileira da produção do satélite. “Duas coisas caracterizam esse projeto: as compras internacionais, que serão bastante grandes e, certamente, existem empresas norte-americanas que poderão participar dessa escolha, e será a empresa integradora, a principal”, disse.

Ele também destacou a importância da transferência de tecnologia que ocorrerá por meio do programa. “[O segundo aspecto, que é paralelo] é um programa de [transferência de] tecnologia que coordena esse processo e que está sob o âmbito da Agência Espacial Brasileira. É algo em que, certamente, haverá cooperação. Certamente, será em nível empresarial e de indústrias”.

Além de componentes para o SGB, o Brasil tem interesse no intercâmbio de informações com os norte-americanos para a prevenção de desastres naturais e observação oceanográfica. Os temas fizeram parte de uma série de reuniões iniciadas ontem (12) e concluídas hoje (13), em Brasília, da Comissão Mista de Ciência e Tecnologia Brasil-Estados Unidos.

O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTI, Carlos Nobre, disse que a “experiência norte-americana é muito importante” nas práticas de prevenção de desastres. Segundo ele, já há uma série de ações iniciadas entre os Estados Unidos e o Brasil nessa área, que incluem programas referentes ao sistema de alerta de desastres naturais.

Edição: Lana Cristina