Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Depois de ouvir do presidente sírio, Bashar Al Assad, que ele não pretende dialogar com os opositores, o emissário da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe à Síria, Kofi Annan, está no Catar. Ele vai se reunir com as autoridades árabes para tratar da tentativa de um acordo que encerre o impasse na Síria, que já dura um ano, levando a uma onda de violência que causou cerca de 8 mil mortes.
Ontem (11), Annan concluiu sua missão na Síria. O ministro dos Negócios Estrangeiros do Catar, sheik Hamad Ben Jassem Al Thani, disse que o que ocorre é um "genocídio sistemático por parte do governo sírio" . Segundo ele, é necessário pensar na hipótese de enviar forças árabes e internacionais para a região. No fim de fevereiro, o primeiro-ministro do Catar, Hamed Ben Jassem Al Thani, sinalizou que é favorável a uma ação militar na Síria, na tentativa de conter a violência.
O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal órgão de oposição no país, apelou para que o Conselho de Segurança da ONU faça uma "reunião de emergência" para discutir a crise. O conselho informou que houve um massacre ontem, com a morte de 47 mulheres e crianças em Homs.
"O conselho fará os contatos necessários com todas as organizações e países amigos do povo sírio para uma reunião de urgência, informou o CNS em comunicado. Hadi Abdallah, da organização não governamental Comissão Geral da Revolução Síria, informou que os corpos de 26 crianças e 21 mulheres foram encontrados nos bairros de Karm Al Zeitoun e Al Adawiyé. Segundo ele, várias vítimas foram esfaqueadas.
A pedido dos europeus, o Conselho de Segurança das Nações Unidas se reúne hoje para discutir a violência na Síria. A reunião foi convocada pelos representantes do Reino Unidos. Mas integrantes da Liga Árabe (que reúne 22 nações) estarão presentes.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto