Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, elogiou as parcerias públicas e privadas desenvolvidas no mundo na tentativa de reduzir a pobreza extrema. A união de esforços, ressaltou ele, tem demonstrado sua eficiência. Ban Ki-moon lembrou ainda que o fim da pobreza proporciona também mais oportunidades de educação, trabalho e o controle de doenças.
No entanto, ele destacou que é preciso avançar e a meta é reduzir ainda mais os números até 2015. "Quando trabalhamos juntos, podemos conseguir grandes coisas", disse o secretário-geral, lembrando que, pelo texto do projeto dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), os líderes se comprometeram a reduzir a pobreza extrema até 2015. Segundo ele, um dos melhores exemplos de parceiros é o Banco Mundial.
Nas reuniões com líderes estrangeiros, a presidenta Dilma Rousseff costuma destacar a necessidade de associar o desenvolvimento econômico ao social. Segundo ela, é impossível avançar economicamente sem executar programas sociais eficientes. Os programas sociais, implementados pelo governo do Brasil, são tomados como exemplos em vários países da América Latina e África.
Nos próximos meses, deverá chegar ao Brasil a primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, para conhecer de forma mais detalhada os programas de transferência de renda executados pelo governo brasileiro. Depois de ser eleito presidente peruano no ano passado, Ollanta Humala veio a Brasília e disse que sua prioridade era adotar no Peru os programas sociais brasileiros.
No começo desta semana, um relatório conjunto do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrou que o mundo atingiu a meta dos ODM de reduzir para metade o número de pessoas sem acesso à água potável.
Também há números positivos sobre o combate à tuberculose. De acordo com dados recentes, há 40% menos mortes do ocorria em 1990. As mortes causadas pela malária também foram reduzidas. Ban Ki-moon lembrou ainda que há mais equilíbrio entre os dados que apontam a escolarização primária entre meninos e meninas.
Porém, o secretário-geral ressaltou que os desafios permanecem, pois há disparidades acentuadas de desenvolvimento social entre as regiões e países. Ki-moon lembrou que apenas 61% das pessoas na África Subsaariana têm acesso a fontes melhoradas de água, enquanto na maioria das outras regiões o acesso chega a 90%. Segundo ele, no mundo, ainda há 2,5 bilhões de pessoas sem saneamento básico.
Edição: Juliana Andrade