Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Os caminhoneiros autônomos que fazem a distribuição de combustíveis no comércio varejista da cidade de São Paulo devem decidir em assembleia na manhã de hoje (7) se acatam a determinação da Justiça de suspensão da greve de boicote à restrição de circulação de caminhões em horários de pico na Marginal Tietê. A via é uma das mais importantes para a fluidez do trânsito da capital paulista e também para o escoamento de veículos que estão de passagem pela cidade.
Na noite de ontem (6), o juiz Emilio Migliano Neto, da 7ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, concedeu liminar determinando a retomada da normalidade da entrega de gasolina, etanol e diesel sob pena de aplicar multa diária de R$ 1 milhão aos sindicatos envolvidos com a paralisação.
“O movimento paredista levado a efeito pelos integrantes dos sindicatos requeridos está comprometendo o abastecimento de combustíveis de veículos nos postos de distribuição, o que está gerando uma insegurança no cidadão paulista, em especial o paulistano, inclusive com a paralisação de serviços essenciais”, justificou o magistrado.
O protesto gerou uma corrida aos postos de combustíveis. Na manhã de hoje, ainda era possível observar filas em alguns desses estabelecimentos. Em consequência da greve, os consumidores passaram a pagar mais caro para abastecer. A Fundação Procon de São Paulo informou que vai apurar as denúncias de abusos.
Levantamento feito pelo Sindicato dos Transportadores Rodoviários de Cargas Líquidas indicava que 80% dos postos não tiveram a reposição de estoque ontem (6).
Edição: Lílian Beraldo