Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Defesa, Celso Amorim disse hoje (29) que não há preocupação da pasta "com os prejuízos materiais" decorrentes do incêndio que destruiu parte da Estação Antártica Comandante Ferraz, no fim de semana, e que provocou a morte de dois militares. Segundo ele, a recuperação da estação de pesquisa já está sendo discutida pelos técnicos do governo, mas que "não é possível ainda prever quanto tempo vai levar".
O ministro comentou o assunto ao deixar o ministério, no fim da manhã, onde se reuniu com militares das Forças Armadas para discutir o Livro Branco de Defesa Nacional, que está em fase de elaboração e será lançado em novembro, em Brasília. Trata-se de documento-chave para a área de segurança nacional, que deverá expor a visão do governo e da sociedade sobre o tema.
A produção do Livro Branco envolve amplas consultas dentro e fora do governo para extrair uma reflexão sobre a defesa do país, no contexto das prioridades nacionais, do marco jurídico e dos recursos disponíveis. A elaboração do documento atende à Lei Compementar Nº 97, de 1999.
Para o Ministério da Defesa, em texto explicativo, a preparação do Livro Branco "é um exercício de democracia, em que o processo requer extensa cooperação entre civis e militares; consulta entre líderes políticos, ministérios, promovendo, dessa forma, uma ampla conscientização a respeito das funções e do valor das Forças Armadas. O produto final desse processo confere maior legitimidade democrática à política de defesa nacional".
Seis seminários já foram promovidos para debater questões ligadas às políticas e estratégias nacionais de defesa, como cenários para o século 21; modernização das Forças Armadas; racionalização e adaptação das estruturas de defesa; suporte econômico da defesa nacional e operações de paz e de ajuda humanitária com apoio das Forças Armadas.
Edição: Vinicius Doria