Alex Rodrigues
Repórter Agência Brasil
Brasília - A Polícia Federal (PF) deflagrou esta manhã uma operação para desarticular e prender os integrantes de uma organização criminosa que explorava máquinas caça-níqueis no estado de Goiás. Nomeada Operação Monte Carlo – um dos bairros de Mônaco, principado europeu cujos cassinos são famosos – a ação conta com a participação do Ministério Público Federal e da Receita Federal.
Em nota, a PF adiantou que vários servidores públicos estão envolvidos no esquema criminoso. Os agentes buscam cumprir 35 mandados de prisão, 37 de busca e apreensão, além de dez ordens de condução coercitiva. As buscas ocorrem em Brasília, em várias cidades goianas, entre elas, a capital, Goiânia, além do Rio de Janeiro, Pará e de Mato Grosso.
Iniciadas há 15 meses, as investigações indicam que o homem apontado como líder da quadrilha concedia a donos de galpões clandestinos, localizados nas cidades goianas, uma espécie de “licença” de exploração dos pontos onde as máquinas eram instaladas.
Ainda de acordo com a PF, policiais civis e militares que participavam do esquema se encarregavam de fechar os locais que não contavam com a autorização do chefe da quadrilha. Segundo as investigações, o grupo contava com a participação de dois policiais federais, um policial rodoviário federal e de um servidor da Justiça Estadual goiana. A PF afirma que todos recebiam propina mensal ou semanal para trabalhar em prol da organização.
Os presos e indiciados responderão pelos crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, evasão de divisas e violação de sigilo profissional, além da contravenção penal de exploração de jogo de azar.
Um balanço preliminar da operação e detalhes sobre as investigações serão fornecidos durante uma entrevista coletiva, em Brasília, ainda esta manhã.
Edição: Talita Cavalcante