Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Uma equipe de 14 peritos tentará resgatar o navio Costa Allegra, da Costa Cruzeiros, que está à deriva no Oceano Índico, após um incêndio em sua sala de máquinas. Militares acompanham os técnicos para garantir a segurança da embarcação, pois a área na qual ocorreu o acidente é conhecida por ataques de piratas.
Os mais de 1.000 passageiros e tripulantes estão no escuro à espera de ajuda. Dois brasileiros estão a bordo. Todos estão vivos e passam bem, segundo a Guarda Costeira italiana. "Todos os passageiros passam bem e estão reunidos nas áreas de reagrupamento do navio como medida de precaução, em caso de alguma urgência a bordo", informou a Guarda Costeira, em nota.
Os passageiros e tripulantes estão sendo informados sobre a evolução da situação. "Não há mortos nem feridos", diz o texto.
O navio Costa Allegra, da companhia Costa Cruzeiros, está à deriva no litoral do Arquipélago das Seicheles. A embarcação partiu de Madagascar, na África, com destino às ilhas do Oceano Índico, onde ocorreu o acidente. A guarda costeira italiana informou que o fogo foi controlado por equipes anti-incêndio antes que se propagasse.
A embarcação tem 188 metros de largura e está a cerca de 200 milhas náuticas a Sudoeste das Seicheles. Técnicos trabalham na sala de máquinas para permitir que o Costa Allegra possa voltar a navegar. Pelo cronograma da viagem feito pela empresa, depois das Seicheles, o cruzeiro deve seguir viagem para Oman e o Egito.
Em 13 de janeiro, outro navio da companhia Costa Cruzeiros, o Costa Concordia, naufragou na Ilha Giglio, na Itália, depois de bater em uma rocha. O acidente deixou 32 mortos, dos quais 15 não foram encontrados. Havia 4.229 passageiros e tripulantes a bordo, de mais de 40 nacionalidades. O capitão da embarcação, Francesco Schettino, foi acusado de homicídio.
*Com informações da emissora pública da França, RFI//Edição: Graça Adjuto