Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Após o acidente na Estação Comandante Ferraz, na Antártica, o ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, conversou segunda-feira (27) por telefone com o chanceler do Chile, Alfredo Moreno, para agradecer o apoio na retirada dos brasileiros que estavam na base e também nas operações seguintes. Patriota disse ainda que a presidenta Dilma Rousseff quer visitar o Chile, em data a ser definida.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores informou ainda que o “Brasil também manifesta seu reconhecimento pelo inestimável apoio prestado” pelos governos da Argentina, Polônia e Uruguai que, por meio de suas bases na Antártica, prestaram ajuda e apoio no socorro aos brasileiros.
O acidente na base brasileira de pesquisas científicas ocorreu por volta das 2h do último dia 25. Um incêndio destruiu 70% da base e matou os militares Roberto Lopes dos Santos e Carlos Alberto Vieira Figueiredo – os corpos de ambos chegaram hoje (28) ao Rio de Janeiro. Na madrugada de segunda-feira (27) um grupo de 40 pessoas, vindo da estação brasileira, desembarcou também no Rio.
Paralelamente, o governo brasileiro informou que pretende reconstruir a estação. A previsão, de acordo com especialistas, é que o processo de reconstrução da base dure cerca de dois anos. Nos próximos dias, a coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Antártico de Pesquisas Ambientais (INCT-APA), Yocie Yoneshigue Valentin, vai se reunir com os pesquisadores que desenvolviam trabalhos de campo na Antártica para avaliar as perdas base.
Edição: Fernando Fraga