Daniel Lima e Stênio Ribeiro
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou que o governo estude medidas para elevar o Imposto de Renda sobre aplicações financeiras. Reportagem publicada na edição de hoje (14) do jornal O Estado de S. Paulo informa que “o governo prepara mudanças na tributação do Imposto de Renda sobre as aplicações de renda fixa, como fundos de investimentos e CDBs [certificados de depósitos bancários]”. De acordo com o diário paulista, o objetivo do governo seria desestimular, por meio da elevação de impostos, “as aplicações que acompanham o sobe e desce da taxa básica de juros, a Selic”.
“Não procede. Não tem nenhum estudo para aumentar imposto de renda sobre aplicações financeiras. Nós só pensamos em reduzir impostos, neste momento. Não tem nenhum aumento de imposto previsto”, assegurou Mantega após a reunião do Conselho Político, que se estendeu até o início da tarde, no Palácio do Planalto.
Neste momento, o Minstro Guido Mantega está reunido com a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, e a secretária de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, Célia Correa, para discutir cortes no Orçamento da União. Ao chegar no Ministério da Fazenda, a ministra Miriam Belchior disse aos jornalistas que o anúncio dos cortes pode ser feito amanhã (15).
A reunião do Conselho Político durou pouco mais de duas horas , no Palácio do Planalto, e teve a participação de lideranças de 15 partidos da base aliada na Câmara e no Senado. O único que não mandou representantes foi o Partido Republicano (PR). O deputado Lincoln Portela (MG), líder no PR na Câmara, disse que a Executiva Nacional do partido tinha reunião previamente agendada para as 11h e ele não tinha como participar do Conselho Político. Mas agradeceu ao convite e apresentou desculpas.
A primeira reunião do Conselho Político do ano foi instalada pela presidenta Dilma Rousseff e pelo vice-presidente da Republica, Michel Temer, com participação dos ministros da Fazenda, Guido Mantega; das Relações Institucionais, Ideli Salvatti; do Planejamento, Miriam Belchior; da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; e da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.
Eles discutiram estratégias para a votação de matérias de interesse do Executivo, de modo a garantir o controle dos gastos públicos. Entre as prioridades elencadas pelo Executivo estão as votações do Fundo de Previdência dos Servidores Públicos (Funpresp), a Lei Geral da Copa e o Código Florestal.
Edição: Vinicius Doria