Da Agência Lusa
Brasília - Pelo menos 400 crianças foram mortas na Síria desde o início da revolta contra o regime do presidente Bashar Al Assad em março de 2011, indicou hoje (7) o Fundo dos Nações Unidas para a Infância (Unicef). Além disso, mais 400 crianças teriam sido detidas.
“Segundo os números de que dispomos, dezembro foi o mês mais violento para as crianças na Síria”, declarou uma porta-voz do Unicef Marixie Mercado. "Há relatórios que indicam que crianças foram detidas arbitrariamente, torturadas e abusadas sexualmente durante a detenção", acrescentou.
O Unicef está particularmente preocupado com a situação em Homs, no centro da Síria. Entretanto, a porta-voz declarou que o fundo não tem acesso à zona dos ataques e que, por isso, não pode avaliar o número de vítimas. "Os feridos devem ter acesso imediato e incondicional aos cuidados médicos especializados", insistiu Marixie Mercado.
Esse apelo do Unicef surgiu depois do veto da Rússia e da China no sábado (4) no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas de um projeto de resolução para condenar a repressão do regime sírio.
A repressão já provocou pelo menos 5 mil mortos desde meados de março de 2011, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).