Comando da PM do Distrito Federal não trabalha com hipótese de greve de policiais militares

07/02/2012 - 17h30

Alex Rodrigues
Repórter Agência Brasil

Brasília - O comando da Polícia Militar do Distrito Federal (DF) diz estar acompanhando o movimento unificado de policiais militares e bombeiros (incluindo oficiais) que ameaçam entrar em greve após o próximo dia 15, quarta-feira da semana que vem, caso o governo do DF não atenda às reivindicações da categoria.

Em nota enviada esta tarde à Agência Brasil, o Centro de Comunicação Social da corporação destaca que o comando não trabalha com a hipótese de paralisação. A nota também informa que os cerca de 22 mil militares do Distrito Federal são bem preparados e estão cientes de que a lei os proíbe de fazer greves.

“O comando da corporação não trabalha com a hipótese de paralisação e acredita que a situação será resolvida de maneira pacífica e ordeira”, diz a nota. Quanto à assembleia unificada organizada pelas associações que representam os trabalhadores, o comando frisa que a participação, “desde que de caráter pacífico, está amparada pela Constituição Federal aos militares que estiverem de folga” no dia 15.

Durante a assembleia conjunta do próximo dia 15, policiais e bombeiros ligados às entidades que aderirem ao movimento unificado vão decidir se entram em greve. Antes disso, no próximo dia 11, duas associações de oficiais da Polícia Militar (Asof) e do Corpo de Bombeiros (AssofBM) fazem suas próprias assembleias para decidir se aderem ao movimento iniciado por policiais militares.

Consideradas as diferentes entidades, o movimento exige reajuste salarial, isonomia com a Polícia Civil e melhores condições de trabalho. Uma das entidades que divulgaram sua pauta de reivindicações, a Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares (Aspra), requer, entre outras coisas, aumento de 52% sobre o salário bruto dos subtenentes, a título de reposição das perdas salariais dos últimos quatro anos. A associação diz que a categoria não teve reajuste nesse período.

Pelos menos três líderes ouvidos mais cedo pela Agência Brasil – entre eles, um oficial – disseram não descartar a possibilidade de uma paralisação às vésperas do carnaval.

 

Edição: Aécio Amado