Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Aumenta a pressão internacional no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para interferir no combate à onda de violência na Síria, que em março completa um ano. Diplomatas europeus e norte-americanos querem que ONU apoie uma proposta da Liga Árabe, que pede a renúncia do presidente sírio, Bashar Al Assad.
Porém, o governo da Rússia, aliado da Síria, opõe-se à proposta. A iniciativa, segundo os russos, é considerada inaceitável e o país ameaça usar o seu poder de veto. O assunto é tema de uma reunião extraordinária marcada para hoje (31) no Conselho de Segurança.
As autoridades sírias negam as violações de direitos humanos no país e alegam que defendem o combate ao terrorismo. Para Assad, os líderes políticos ocidentais querem interferir no processo político sírio. Para as autoridades norte-americanas, a queda do atual regime sírio é inevitável.
Paralelamente às discussões políticas, os conflitos na Síria se intensificam. Agentes de segurança ligados ao governo Assad, com tanques, retomaram hoje o controle da periferia de Damasco, depois de um bombardeio contra manifestantes contrários a Assad. De acordo com as autoridades, vários “rebeldes” foram mortos e presos. Só ontem (30) há relatos de 40 mortos.
A oposição na Síria informou ter se retirado de determinadas áreas por motivos estratégicos e que lançará novos ataques de guerrilha. Mais soldados sírios anunciaram que pretendem desertar e se juntar aos chamados rebeldes, o que aproxima a Síria de um cenário de guerra civil, segundo analistas internacionais.
*Com informações da BBC Brasil//Edição: Graça Adjuto