Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A partir de amanhã (1º), o público carioca poderá ver, no Museu Nacional de Belas Artes, a exposição Modigliani: Imagens de uma vida, um dos mais importantes eventos do calendário oficial do Momento Itália-Brasil 2012. A mostra, que será aberta às 18h de hoje para convidados, traz pela primeira vez ao Brasil uma coleção de 12 pinturas e 5 esculturas originais, além de desenhos, documentos, fotos e manuscritos do italiano Amedeo Modigliani, expressivo nome das artes plásticas nas primeiras décadas do século 20.
A curadoria é do francês Christian Parisot, presidente do Modigliani Institut Archives Legalés Paris-Roma, instituição organizadora da exposição. Segundo ele, que veio ao Brasil especialmente para acompanhar a montagem da mostra. “Modigliani se destaca no panorama de nomes importantíssimos da história da arte por ter sido fiel à sua visão figurativa, conseguindo chegar a uma síntese perfeita entre a imagem e o sentimento”.
A mostra percorre todas as fases do artista nascido em 1884 na cidade italiana de Livorno e precocemente falecido em Paris, em 1920, aos 36 anos. Entre os destaques, estão seus confrontos criativos e sua correspondência com pintores contemporâneos, como Pablo Picasso e Max Jacob. As obras vieram do próprio Modigliani Institut e de colecionadores particulares.
Modigliani: Imagens de uma vida, que fica em cartaz até 15 de abril, é a primeira exposição que o museu inaugura em 2012, ano em que a instituição comemora 75 anos de existência. O Belas Artes foi criado em 13 de janeiro de 1937 e inaugurado um ano e meio depois pelo então presidente Getúlio Vargas. Além das mostras temporárias, o museu que é um dos principais do país, atrai o público sobretudo pelo seu acervo permanente, que inclui a maior e mais importante coleção de arte brasileira do século 19.
Vinculado ao Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), órgão do Ministério da Cultura, o Belas Artes passa por obras de revitalização desde 2004, nas quais já foram investidos mais de R$ 6 milhões. Em fevereiro do ano passado, após três anos fechada para reforma, a Galeria do Século 19 foi reaberta. O espaço concentra as mais representativas obras de arte do Brasil oitocentista, entre elas quadros clássicos como Batalha do Avaí, de Pedro Américo, e Primeira Missa no Brasil, de Victor Meirelles.
Para o mês de junho, está prevista a reinauguração do Circuito de Arte Estrangeira, com obras como a coleção do pintor holandês Frans Post, do século 17, quadros do barroco italiano e do pintor francês Eugéne Boudin. Ainda na dependência da liberação de recursos, está a conclusão da restauração das cúpulas do prédio do museu, construído no início do século 20 a partir de projeto do arquiteto espanhol Adolfo Morales de Los Rios. Segundo a diretora Mônica Xexeo, esse espaço será destinado à arte contemporânea.
Localizado na Cinelândia, no centro do Rio, vizinho ao Theatro Municipal e à Biblioteca Nacional, o museu pode ser visitado de terça a sexta-feira, das 10h as 18h, e sábados, domingos e feriados, das 12h as 17 horas. Os ingressos custam R$ 8 a inteira e R$ 4, a meia-entrada para estudantes e idosos.
Edição: Rivadavia Severo