Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Com 35 anos de idade e 16 de profissão, o coronel do Corpo de Bombeiros do Rio Luciano Sarmento não imaginava que, nos últimos dois anos, fosse trabalhar tanto no resgate de pessoas soterradas. Veterano de resgates nos deslizamentos de Angra dos Reis, do Morro do Bumba, em Niterói, em 2010, da região serrana, no ano passado, e de Sapucaia, neste ano, o trabalho do bombeiro foi solicitado mais uma vez na noite de ontem (25).
Ao ser convocado para trabalhar no desabamento de três edifícios na Avenida 13 de Maio, Sarmento e sua equipe conseguiram ser bem-sucedidos no primeiro resgate. Por volta das 22h, os bombeiros receberam a informação de que havia um sobrevivente preso dentro de um dos elevadores: o operário de uma obra que era realizada no prédio, uma das cinco vítimas resgatadas com vida.
“Ele estava no 9º andar, em uma obra, e saía do elevador. Quando percebeu que começou a cair tudo, ele voltou para dentro do elevador. O elevador despencou até o térreo. Ele saiu ileso, sem nenhum arranhão”, disse.
Às 12h30 de hoje, o coronel ainda trabalhava nos resgates, sem descansar. “A gente vem para salvar vidas. Quando você não consegue alcançar esse objetivo, é muito difícil. Mas uma vida que a gente salva, como foi o caso de ontem, já vale por toda a operação”, acrescentou.
Sarmento também contou com orgulho que estava na equipe que resgatou com vida o menino Nicolas, de 6 meses, resgatado de escombros das chuvas de janeiro de 2011 em Nova Friburgo, na região serrana do Rio.
Edição: Graça Adjuto