Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Centenas de egípcios estão na Praça Tahrir, no Cairo, para celebrar a data que marca o começo dos protestos ocorridos no ano passado e que levaram à renúncia do então presidente Hosni Mubarak – em 11 de fevereiro de 2011. Os manifestantes estão com bandeiras do Egito e gritam palavras de ordem em defesa da democracia. Mubarak ficou cerca de 30 anos no poder.
Em celebração à data foram convocadas várias marchas em todo o país. De acordo com relatos, o clima é pacífico, com música e canções patrióticas. Algumas pessoas passaram a noite na Praça Tahrir – que se tornou espécie de símbolo de contestação para o povo egípcio. Os principais cafés da capital egípcia passaram a madrugada lotados. Muitos dos clientes usavam lenços palestinos na cabeça ou no pescoço representando o traje dos revolucionários.
No entanto, os egípcios cobram da Justiça uma resposta às denúncias de abusos ocorridos durante os protestos no ano passado. Tanto é que várias vítimas e suas famílias estão presentes na Praça Tahrir para reivindicar direitos. As autoridades intensificaram o esquema de segurança nas áreas em torno dos edifícios do governo e perto da praça.
Nas imediações do Ministério do Interior – que é considerado símbolo da repressão do regime Mubarak – há reforços policiais e oficiais equipados com equipamento antimotim. Também foram colocadas barreiras para impedir o acesso às ruas ao redor do prédio.
Ontem (24) a Junta Militar, que governa o Egito há quase um ano, suspendeu parte de estado de emergência que vigora no país há 45 anos. A partir de hoje várias das restrições impostas aos civis pelo estado de emergência deixarão de vigorar. A decisão foi anunciada ontem pelo chefe da Junta Miliar, o marechal Mohamed Hussein Tastawi. A declaração foi transmitida pelas emissoras de televisão.
*Com informações da emissora multiestatal de televisão, Telesur.
Edição: Talita Cavalcante