Cineastas brasileiros podem inscrever trabalhos no Festival de Xangai

23/01/2012 - 4h56

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Cineastas brasileiros têm até o dia 20 de março para inscrever  filmes de longa e curta duração, documentários e  filmes de animação no 15º Festival Internacional de Cinema de Xangai (Siff, do inglês Shanghai International Film Festival), que será realizado na cidade chinesa entre 16 e 24 de junho. O Siff é considerado um dos dez maiores festivais de cinema do mundo.

As cópias das produções em DVD devem ser enviadas para a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China (Ccib), que representa o festival no Brasil, com legenda em inglês, acompanhadas de fotos do filme e do diretor, material promocional e sinopse também em inglês, além do formulário eletrônico que deverá ser preenchido na página do festival (www.siff.com)

A diretora executiva e fundadora da Ccib, Uta Schwietzer, acredita que o evento abrirá novas oportunidades para o cinema brasileiro, não só na Ásia, mas em outros  continentes. “Com o crescimento e o estreitamento da relação cultural entre o Brasil e a China, acho que essa é uma ótima oportunidade para que as produções brasileiras tenham projeção maior na Ásia. A China  tem muito interesse em conhecer mais sobre o Brasil, e acho importante eles conhecerem também  o lado cultural. Essa oportunidade, por meio do cinema, é extremamente importante”, disse Uta.

Desde a primeira edição do Siff, em 1993, a Câmara vem fomentando a participação do Brasil. No ano passado, cerca de 30 filmes brasileiros foram divulgados durante o evento. A expectativa é que o número de filmes nacionais que participarão da edição 2012 do Siff será ainda maior. “A gente ficou surpresa porque no fim de dezembro e início deste mês, muitos cineastas entraram em contato conosco, quando antes só começavam a fazê-lo depois do carnaval, para participar. A demanda começou mais cedo. Esse é um bom sinal”.

A Ccib está tentando também levar para o festival filmes da América Latina e dos países do Brics (grupo formado pelo Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul). No início, o festival era realizado a cada dois anos, passando depois a ser anual.

A diretora da Ccib destacou a importância da participação de cineastas brasileiros no festival visando à realização de trabalhos em parceria com a China. Até agora, é conhecido apenas um filme sino-brasileiro - Destino, da atriz e produtora Lucélia Santos. “A China está bastante aberta a isso”. Para viabilizar, entretanto, as parcerias, Uta admitiu que  o tema tem de ser comum aos dois países.

Ela ressaltou ainda que a participação brasileira não se limita ao cinema, mas se estende também às produções destinadas à televisão.  “As produções para a televisão têm toda a oportunidade de serem mostradas no Shanghai TV Festival (STVF), que ocorre na mesma época. Isso abre uma oportunidade muito grande para os produtores brasileiros que queiram  exibir seus trabalhos lá”.

Edição: Graça Adjuto