Renata Giraldi*
Repórter das Agência Brasil
Brasília - O presidente do México, Felipe Calderón, disse ontem (19) estar preocupado que o crime organizado e o tráfico de drogas afetem as eleições presidenciais, marcadas para 1º de julho. O ministro do Interior do México, Alejandro Poire, acrescentou que foi negociado um acordo com as autoridades eleitorais para enfrentar as ameaças ao processo eleitoral.
O governo Calderón firmou um acordo com o Instituto Federal Eleitoral para ampliar o sistema de segurança na tentativa de prevenir riscos e ameaças. "Teremos um processo eleitoral em paz com segurança e tranquilidade, mas temos que trabalhar duro para isso", disse Poire.
O Partido Revolucionário Institucional (PRI), que lidera as pesquisas para a eleição presidencial, anunciou uma proposta para localizar envolvidos em narcotráficos nas campanhas eleitorais e informar às autoridades eventuais suspeitas.
Para o PRI, é fundamental ainda exigir antecedentes criminais e informações sobre investigações dos suspeitos. Por enquanto, o PRI foi o único partido que emitiu uma proposta específica, que planeja criar um comitê interno para acompanhar o assunto.
No México, atuam pelo menos 12 grandes cartéis de tráfico de drogas, armas e pessoas. O governo Calderón declarou guerra a esses grupos organizados, mas a ação deles é contínua e ameaça a segurança nacional principalmente nas áreas de fronteira com os Estados Unidos.
Esses grupos atuam também como intermediadores para imigrantes ilegais mexicanos que querem ir para os Estados Unidos. De acordo com dados oficiais, nos últimos seis anos, mais de 47 mil pessoas morreram no México devido às ações de grupos organizados.
*Com informações da emissora multitestatal de televisão, Telesur, com sede em Caracas, na Venezuela.
Edição: Talita Cavalcante