Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Ministério da Saúde informou hoje (17) que a morte de um gato pelo vírus da raiva, registrada em dezembro do ano passado em São Paulo, está sendo tratada como um caso isolado. De acordo com a assessoria da Secretaria de Saúde do estado, São Paulo notifica, desde 1998, uma média de três casos da doença por ano.
De acordo com o ministério, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo já realizou a chamada vacinação de bloqueio em cães e gatos, recomendada quando são registrados casos isolados, na tentativa de evitar que o vírus se espalhe para outras regiões.
Em 2010, a vacinação contra a raiva foi suspensa em todo o país em razão de efeitos adversos provocados pela vacina, que chegou a causar a morte de alguns animais. No ano passado, a maioria dos estados não realizou a imunização porque exames laboratoriais que deveriam assegurar a segurança da vacina não ficaram prontos a tempo.
O ministério informou que a vacinação contra a raiva será retomada este ano em todo o país e que o estado de São Paulo já recebeu, este mês, doses para a realização de campanha.
A transmissão da raiva se dá pela penetração do vírus contido na saliva do animal infectado, principalmente por mordidas, arranhões e lambidas de mucosas. O período de incubação é extremamente variável – desde dias até anos. A média é de 45 dias para o homem e de dez dias a 2 meses para cães. Em crianças, existe tendência para um período de incubação menor que no indivíduo adulto.
* A matéria foi alterada às 10h41 do dia 18/01 para correção de informação // Edição: Lílian Beraldo