Da Agência Brasil
Brasília – A chuva que atinge o estado do Amazonas desde dezembro já começa a ameaçar os moradores de alguns municípios, principalmente, os do norte e nordeste do estado. Pelo menos 69 municípios sofrem as consequências do chamado “inverno amazônico” (período de intensas chuvas compreendido entre dezembro e abril na Região Norte). No último domingo (15), a Defesa Civil de Manaus recebeu 20 comunicados feitos por moradores que tiveram prejuízos materiais em decorrência de alagamentos de ruas.
A Defesa Civil informou à Agência Brasil que a zona leste de Manaus foi a mais prejudicada pelo fenômeno meteorológico. Os bairros de Jorge Teixeira, Cidade Nove e a Colônia Antônio Aleixo foram os mais atingidos. Uma casa de madeira localizada em São Raimundo, zona oeste de Manaus, não resistiu à chuva e desabou. No bairro de Colônia Antônio Aleixo, zona Leste, foram registrados dois deslizamentos de terra. Ainda de acordo com o órgão, a maioria dos registros estava ligada a alagamentos.
Apesar da chuva intensa que atinge a capital, o Instituto de Meteorologia do Amazonas (Inmet - AM) informou que os níveis pluviométricos do estado são considerados normais para o período. “No entanto, estamos no início do segundo mês do período de chuvas. Até agora, o acumulado de chuvas na região ainda é normal”, disse o chefe da Seção de Previsão de Tempo do Inmet-AM, Veríssimo Farias.
Veríssimo acrescentou ainda que para o nível pluviométrico de janeiro se manter dentro da normalidade em Manaus, a quantidade de chuva não pode ultrapassar os 264 milímetros. “Será considerado normal se chover 20% a mais ou a menos dentro dessa média. Para que extrapole a média de chuva, o índice deve superar 400 milímetros”, informou.
O município de Iauaretê, no Norte do Amazonas, apresentou um dos maiores índices pluviométricos de todo o estado – 501,3 milímetros (mm) de chuva no final de dezembro – seguindo pelo município de Parintins (nordeste) com 339,8 milímetros de chuva.
Edição: Lílian Beraldo