Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – As famílias paulistas devem gastar, em dezembro, R$ 519 a mais do que nos outros meses do ano. A estimativa é da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). A entidade prevê que serão injetados no último mês do ano R$ 6,76 bilhões no comércio paulista. Só em dezembro, o comércio paulista deverá movimentar R$ 33,86 bilhões, 9,7% (R$ 3 bilhões) a mais que em 2010, sendo quase metade (R$15,87 bilhões) na região metropolitana de São Paulo.
Se as estimativas se confirmarem, o comércio paulista deverá fechar 2011 com faturamento de R$ 331,96 bilhões, 4% superior ao do ano passado, que foi R$ 299,06 bilhões.
Para a Fecomercio-SP, o crescimento do setor este ano foi, em grande parte, movido pela confiança do consumidor na economia nacional. O índice que mede essa confiança, o ICC, se manteve este ano acima dos 150 pontos. O Índice de Confiança do Consumidor é medido em uma escala que varia de 0 a 200 pontos, sendo a marca de 100 pontos o limite entre otimismo e pessimismo.
Em uma nota divulgada hoje (7), a federação avaliou que o consumo se manteve elevado por causa, principalmente, da manutenção dos níveis de emprego e renda da população, do menor nível de desemprego da história (5,8%) e do incremento de 5,7% na renda média das famílias. Fatores que possibilitaram "o crescimento do consumo sem o aumento da inadimplência”.
Nacionalmente, o comércio deve fechar o ano com faturamento de R$ 1,15 trilhão, 7% a mais que no ano passado. Os gastos das famílias em dezembro devem somar R$ 122,39 bilhões, ou R$ 28,5 bilhões a mais do que a média dos outros meses do ano.
A federação que representa o comércio paulista estima que, aproximadamente, R$ 84 bilhões serão aportados no mercado devido ao pagamento do décimo terceiro salário. Deste montante, um terço, cerca de R$ 28 bilhões, deverá ser destinado para o pagamento de dívidas. Outro terço vai bancar as férias das famílias e os compromissos do começo de ano (como matrículas de escola e pagamento de impostos). O restante irá para o consumo.
Edição: Vinicius Doria