Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Polícia Federal (PF) prendeu hoje (1º), no Ceará, seis pessoas ligadas a uma quadrilha acusada de falsificar dinheiro. A estimativa é de que o grupo produzisse, mensalmente, até R$ 300 mil em moedas falsas, quantia equivalente a 20% de todo o dinheiro falso apreendido no Brasil.
Segundo a PF, a quadrilha distribuía o dinheiro falso para todo o país. A Operação Mustache é fruto de dois meses de investigação, durante o qual os policiais localizaram e monitoraram o local onde o grupo atuava, um armazém no bairro Antônio Bezerra, na capital do estado, Fortaleza.
Além de cinco mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça, a PF cumpriu cinco mandados de busca e apreensão. A sexta pessoa presa foi detida em flagrante durante a ação. Uma grande quantidade de notas falsas foi apreendida no local. Até o momento, a quantia já contabilizada ultrapassa os R$ 30 mil. Todo o maquinário existente no armazém passará por perícia. Também foi apreendido meio quilo de cocaína.
Os investigados vão responder pelos crimes de formação de quadrilha, falsificação de dinheiro e de documento público, uso de documento falso e tráfico de drogas. As penas podem ultrapassar quinze anos de reclusão.
Segundo o Banco Central (BC), não há como estimar o volume de dinheiro falsificado que circula no país. Só este ano, o órgão já apreendeu 273.659 notas falsas, novas e antigas, identificadas quando estavam em uso. As cédulas apreendidas pela PF antes de chegarem às mãos dos atravessadores e cidadãos não entram nesse cálculo. O Ceará ocupa a décima posição na tabela das apreensões feitas pelo BC, ranking liderado por São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
O Banco Central destacou a importância de a população saber identificar e estar sempre atenta para os casos de falsificação. Na página do banco, na internet, é possível obter informações sobre as novas notas de R$ 50 e de R$ 100, lançadas em dezembro de 2010, e seus itens de segurança. O endereço é o www.novasnotas.bcb.gov.br .
Edição: Lílian Beraldo