Jorge Wamburg
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Planejamento Estratégico para a Copa do Mundo de 2014 será entregue nos próximos dias pela Secretaria de Grandes Eventos do Ministério da Justiça ao ministro José Eduardo Cardozo, que o encaminhará à Presidência da República. O plano terá foco na integração entre os órgãos de segurança do governo federal e dos estados com o centro de comando, que ficará em Brasília, para permitir respostas imediatas a qualquer solicitação.
O centro de comando terá um backup (duplicação) no Rio de Janeiro e estará interligado aos centros de controle das demais dez cidades-sede da Copa, além de outras que também farão parte do sistema integrado. A informação foi dada pelo secretário de Grandes Eventos, José Ricardo Botelho, durante audiência pública na Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa o Projeto de Lei Geral da Copa do Mundo de 2014 e da Copa das Confederações de 2013.
Botelho disse que, para a elaboração do Plano Estratégico da Copa, foram feitos estudos em outros países que já realizaram eventos semelhantes, como a Alemanha e a África do Sul. Segundo ele, o plano brasileiro “prevê tudo” que pode ocorrer em grandes eventos internacionais como a Copa do Mundo, e será aplicado em outros eventos esportivos que ocorrerão no país nos próximos anos, como as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, bem como a próxima visita do papa Bento XVI ao Brasil.
Além disso, o plano prevê o emprego do que há de melhor em tecnologia e treinamento de pessoal para proteger todas as áreas onde haverá jogos – o esquema envolverá 50 mil policiais nas ruas e mais o pessoal que atuará em diversas funções na retaguarda. Antes da Copa do Mundo, o plano será posto em prática durante a Copa das Confederações, em 2013.
De acordo com Botelho, o sistema já começou a ser implantado e inclui a integração com bancos de dados de outros países, como a Argentina e a Inglaterra, para impedir a entrada no Brasil de torcedores como os barra bravas e os hooligans, que costumam se envolver em episódios de violência nos estádios de futebol. O sistema funcionará também para barrar outros indesejáveis, como terroristas.
Edição: Nádia Franco