Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, negou hoje (22) que a reunião da executiva do seu partido, o PDT, tenha como tema a sua saída do ministério. De acordo com Lupi, “não há possibilidade” de deixar o ministério. “A melhor resposta quando a gente se sente injustiçado é continuar trabalhando.”
Hoje à noite, a executiva do PDT irá se reunir. A expectativa é de que seja discutida a situação do ministro diante das denúncias de corrupção em sua pasta. O próprio Lupi confirmou que as denúncias serão tratadas nessa reunião. “É um debate que o partido tem de fazer sobre os fatos”, afirmou. Essa é a segunda reunião da executiva do partido desde que as denúncias foram divulgadas há cerca de três semanas.
O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) disse que essa será uma “reunião para unificar o discurso” do partido.
As denúncias divulgadas na imprensa apontam a existência de um esquema de cobranças de propinas que envolvem organizações não governamentais que mantêm contratos com o ministério e pessoas do alto escalão da pasta, ligadas ao ministro. Lupi também é acusado de usar uma aeronave pertencente a Adair Meira, diretor de uma das ONGs que tem contrato com o ministério, durante viagem de eventos ligados a sua pasta.
Edição: Lílian Beraldo