Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Imagens de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) estão sendo utilizadas para avaliar o vazamento de petróleo em um campo de exploração da Chevron na Bacia de Campos, no litoral norte do Rio de Janeiro.
As imagens foram enviadas pelo Inpe para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e para a Petrobras. As fotografias foram feitas pelo radar Asar, a bordo do satélite Envisat, e do sensor Modis, dos satélites Aqua e Terra. De acordo com o Inpe, a Petrobras recebeu as primeiras imagens 30 minutos após serem gravadas pelos satélites.
O Inpe tem uma estação de sensoriamento remoto marinho que recebe imagens para detecção de poluentes na superfície do mar em tempo quase real. As imagens também são usadas para o estudo de ecossistemas marinhos, medição de correntes, altura de ondas e outras aplicações. A estação funciona desde 2009 e foi comprada pelo Inpe em parceria com a Petrobras.
Técnicos da Marinha, da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e do Ibama sobrevoaram hoje (18) a Bacia de Campos para verificar a dimensão da mancha de óleo vazado no Campo de Frade. Ontem, (17), a ANP divulgou nota informando que a empresa Chevron Brasil conseguiu cimentar o poço de onde está vazando o petróleo.
Segundo a Chevron, a mancha está localizada a 120 quilômetros e se desloca na direção Sudeste, ou seja, na direção contrária à costa brasileira. A empresa diz que o volume vazado equivale a 65 barris. No entanto, imagens da agência espacial americana Nasa, divulgadas ontem pela imprensa, mostram que o vazamento pode ser muito maior.
Edição: João Carlos Rodrigues