Da Agência Lusa
Brasília - Pelo menos 22 mineiros morreram em consequência da explosão em uma mina de carvão na província chinesa de Yunnan, na última quinta-feira (10). As chances de sobrevivência dos 21 trabalhadores que estão presos no interior da mina diminuiu, informou hoje (12) a agência de notícias Nova China. De acordo com as equipe de segurança que trabalham no local, o ar, dentro da mina, está ficando escasso.
As famílias das vítimas receberão, cada uma, 660 mil yuans (R$ 180 mil, aproximadamente) pela morte dos parentes, sendo que 17 já receberam 10 mil yuans (R$ 2,4 mil) para os funerais, segundo informou a agência Nova China.
O acidente ocorreu na manhã de quinta-feira, em uma mina de carvão no distrito de Shizhong, no município de Qujing, que deixou um grupo de 43 mineiros preso no subsolo. Seis equipes de resgate revezam-se para tentar chegar aos mineiros presos. Já foram retiradas 240 toneladas de terra e um túnel de 250 metros de comprimento foi escavado.
A indústria mineira da China é particularmente cara às vidas humanas. No ano passado, 2.433 mineiros morreram na China, de acordo com estatísticas oficiais. São mais de seis mortes por dia. Mas esses números, já elevados, são, provavelmente, subestimados, segundo organizações não governamentais. Com a chegada do inverno, as minas chinesas operam no limite da capacidade. O carvão serve, principalmente, para produzir a eletricidade necessária para satisfazer os consumos crescentes do país. Nos últimos oito anos, foi aberta, em média, uma mina de carvão por semana na China.