GDF deve entregar apenas duas das 14 unidades de Pronto-Atendimento previstas para este ano

09/11/2011 - 14h06

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil


Brasília – Quando a primeira Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Distrito Federal (DF) foi entregue, em fevereiro deste ano, na cidade de Samambaia, a previsão da Secretaria de Saúde era inaugurar mais 13 unidades até o final de 2011 – cada uma com previsão de atender até 450 pacientes por dia.

Nove meses depois, entretanto, nenhuma delas começou a funcionar. A expectativa do secretário adjunto de Saúde do DF, Elias Fernando Miziara, é entregar apenas a UPA do Núcleo Bandeirante ainda este ano – com previsão de inauguração em 2 de dezembro.

Com as UPAs, o objetivo do governo é complementar os serviços oferecidos pelos hospitais regionais, sobretudo nas unidades de urgência e emergência, reduzindo filas e possibilitando que o paciente tenha o problema de saúde resolvido em sua própria cidade.

Em pelo menos duas cidades do DF, Recanto das Emas e São Sebastião, os prédios onde funcionarão as UPAs já estão prontos, mas, segundo o secretário, faltam equipes para iniciar o atendimento à população.

“Na implantação da UPA de Samambaia, observamos alguns problemas que eram absolutamente desconhecidos”, disse. “Temos dificuldade para contratação, para encontrar profissionais”, completou.

A Secretaria de Saúde contratou, entre janeiro e novembro deste ano, 4.555 servidores, aprovados em concurso público, sendo 688 médicos.Apenas na semana passada, foram publicadas 1.157 nomeações. Boa parte desses servidores, segundo ele, irá reforçar o atendimento nas UPAs de Samambaia e do Recanto das Emas.

De acordo com Miziara, a secretaria tinha a intenção de contratar organizações não governamentais (ONGs) para assumir a gestão das unidades de pronto-atendimento no DF. Entretanto, diante de “dificuldades legais”, a solução foi investir em algo inédito no país – permitir que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) assuma a gerência da UPA do Recanto das Emas.

“O Samu passará a ter uma referência, uma retaguarda fixa. Dando certo, e acreditamos que seja uma grande solução, poderemos aplicar isso no restante das UPAs. Aí, vamos depender apenas da capacidade de contratação de equipes. Em seguida, vamos construir e inaugurar todas as demais”, disse.

 

 

Edição: Juliana Andrade e Lílian Beraldo