Clube de compras da indústria quer atrair micro e pequenos empresários para negociar via internet

09/11/2011 - 18h37

Luciene Cruz
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) quer atrair micro e pequenos empresários para o portal de relacionamento do setor industrial, uma espécie de clube de compras coletivas pela internet. Depois de lançar o Clube Indústria de Benefícios em rede nacional, a regionalização é o próximo alvo da confederação. A Bahia recebeu a primeira página local do clube. No início de 2012, empresários da Paraíba e do Rio Grande do Sul também poderão buscar parceiros pela internet.

O portal Clube Indústria de Benefícios, lançado em maio, oferece produtos e serviços a 600 mil indústrias de pequeno, médio e grande porte. O princípio é o mesmo dos clubes de compras: reunir um grande número de compradores para reduzir os preços dos fornecedores. A diferença é que as compras não são concluídas no próprio portal e não é necessário juntar um número mínimo de participantes. Cada ofertante tem uma regra própria de compra. Ao imprimir o cupom de oferta, o interessado passa a negociar diretamente com o anunciante.

Segundo o coordenador do projeto, Uirá Menezes, as micro e pequenas empresas, que correspondem a 97% do total de indústrias cadastradas, são as mais beneficiadas. “Os pequenos empreendedores conseguem fechar negócios com grandes empresas a preços mais acessíveis”. A expectativa da CNI é que, em um ano, as compras feitas em grupo gerem uma economia de R$ 1,2 bilhão aos empresários. "O nosso objetivo é atrair os micro e pequenos empresários para a web [rede mundial de computadores], queremos mostrar que é um canal confiável de relacionamento. Com a abertura das páginas estaduais, serão oferecidos também serviços do dia a dia, como gráfica rápida e entregas”, explicou.

Em quatro meses de funcionamento do portal, 121 parcerias foram fechadas e 378 estão em negociação. Na época do lançamento, 58 empresas estavam cadastradas para oferecer produtos e serviços ao setor industrial. O objetivo era chegar a 800 empresas até o fim deste ano. No entanto, a meta foi revista. "Não queremos quantidade, mas sim, qualidade. Optamos por reunir parceiros reconhecidos nacionalmente para não cadastrarmos empresas sem referências. Com isso devemos chegar a cerca de 300 parceiros”, explicou Menezes.

Edição: Vinicius Doria