Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo promove hoje (7) e amanhã a 2ª Consulta Nacional aos Povos e Comunidades Tradicionais, um encontro para conhecer melhor a realidade e os anseios de grupos formados por jovens indígenas, quilombolas, ribeirinhos, pantaneiros, caboclos, de comunidades de terreiros, mestiços, ciganos e pomeranos, entre outros.
De acordo com a secretária adjunta de Juventude e coordenadora da comissão organizadora do encontro, Ângela Guimarães, o objetivo é tirar ideias e sugestões para a 2ª Conferência Nacional de Juventude, a ser realizada em dezembro deste ano.
“Estamos em um momento de reconhecer direitos de cidadania a povos, até então, invisíveis ao Estado brasileiro. Essa é uma inovação da Conferência Nacional de Juventude desde 2008, seguindo a política nacional para os povos e comunidades tradicionais, que vem contando com muitas conquistas”, disse Ângela.
O encontro será no auditório do Anexo I do Palácio do Planalto, sob a coordenação da Secretaria Nacional de Juventude e do Conselho Nacional de Juventude.
A primeira consulta foi realizada durante a 1ª Conferência Nacional de Juventude, em 2008. De acordo com o governo, o primeiro encontro permitiu ações que contribuíram para a integração das comunidades, ampliou e fortaleceu o debate e permitiu a participação efetiva da juventude, em toda a sua diversidade.
Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), cerca de 5 milhões de brasileiros fazem parte dos povos e comunidades tradicionais, ocupando um quarto do território nacional. Essas populações representam segmentos diversos — desde os mais conhecidos, como indígenas e quilombolas, até os de menor expressão, como os faxinais (que vivem no Paraná, plantam mate e criam porcos) e os pomeranos (etnia europeia que vive no Espírito Santo). Grande parte desses povos mora em lugares distantes, o que dificulta o acesso às políticas públicas.
Edição: Graça Adjuto