Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu hoje (7) pedir esclarecimentos ao ministro do Trabalho, Carlos Lupi, sobre as acusações de que assessores do Ministério do Trabalho teriam pedido propina a organizações não governamentais que possuem convênio com a pasta. A denúncia foi publicada pela revista Veja desta semana.
De acordo com informações do presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, o ministro terá dez dias para apresentar suas explicações. Só depois de analisar a defesa de Lupi é que a comissão decidirá se abrirá processo de investigação sobre o caso.
Enquanto a comissão se reunia no anexo do Planalto, o ministro Lupi participou de uma reunião dos líderes da base aliada com a presidenta Dilma Rousseff . Ele é o presidente nacional do PDT. De acordo com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, a permanência do ministro não foi discutida.
Ideli informou que o ministro conta com apoio do Planalto porque a política de emprego do Brasil tem demonstrado bons resultados. "Entendemos que o Brasil está vivendo uma situação de pleno emprego. Mesmo diante da crise temos uma política que continua gerando emprego", disse a ministra depois da reunião.
Além de Lupi e Ideli, participaram da reunião os ministros Guido Mantega, da Fazenda, e Gleisi Hoffmann, da Casa Civil.
Após a divulgação das suspeitas, Lupi determinou o afastamento do assessor especial Anderson Alexandre dos Santos, que atuava como coordenador-geral de Qualificação e que foi acusado na reportagem de ser operador do esquema.
Edição: Rivadavia Severo