Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Depois das mortes de dois universitários em um protesto em Tegucigalpa (capital hondurenha) há nove dias, o presidente das Honduras, Porfírio Lobo, determinou a reestruturação na cúpula da polícia no país. As alterações ocorrem no momento em que o governo investiga o extravio de cerca de 300 armas e 300 mil balas, segundo o porta-voz da Secretaria de Segurança, Silvio Inestroza.
As mudanças foram anunciadas pelo secretário da Segurança de Honduras, Pompeyo Bonilla, depois de uma reunião de Lobo com o presidente do Parlamento, Juan Orlando Hernández e o procurador-geral do Estado, Luis Rubí.
Os estudantes foram assassinados durante uma perseguição policial, no último dia 22, de acordo com relatos. O caso envolveu oito agentes que não retornaram às atividades e quatro que estão presos, por determinação do Ministério Público.
As mortes causaram uma série de manifestações, inclusive do comissário dos Direitos Humanos, Ramón Custodio. “A polícia é um aparato de poder que pode matar, torturar, assassinar e até comandar o tráfico", disse ele.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Edição: Talita Cavalcante