Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Pelo segundo dia consecutivo, policiais e manifestantes se enfrentaram nas ruas de Santiago, no Chile. No confronto, os policiais tentaram conter a ação de manifestantes encapuzados que ateavam fogo em barricadas em algumas das principais avenidas da cidade. Os protestos em várias cidades do Chile ocorrem há cerca de cinco meses, desde quando estudantes começaram a cobrar reformas na educação.
Os tumultos mais intensos hoje (19) ocorreram em frente à Universidade de Santiago, uma das maiores do país. Camila Vallejo e Giorgio Jackson, líderes do movimento estudantil, chegam nesta tarde a Santiago depois de uma viagem pela Europa – França, Bélgica e Suíça – onde foram participar de debates sobre educação.
Para o vice-ministro do Interior do Chile, Rodrigo Ubilla, esta etapa dos protestos significa um "novo ciclo de violência". "Há grupos que são extremamente coordenados e querem gerar uma imagem de violência e desordem pública", disse ele. "O governo condena tais ações e reitera que essas manifestações não contribuem para o diálogo."
Ontem (18), o ministro avisou que será executada uma lei de segurança contra os manifestantes que atearam fogo a um ônibus, em uma das avenidas de Santiago. Um grupo de manifestantes usou máscaras para tampar os rostos.
Nos últimos meses, o governo do presidente chileno, Sebastián Piñera, apresentou propostas de reforma da educação. As sugestões foram rechaçadas por estudantes e professores. A principal reivindicação é para a gratuidade do ensino superior no país – atualmente as universidades chilenas são todas privadas.
*Com informações da agência pública de notícias da Argentina, Telam.
Edição: Talita Cavalcante