Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A agência de classificação de risco Moody's rebaixou ontem (18) a nota da dívida da Espanha, o que aumenta os temores em relação à crise na zona do euro. A Moody's reduziu a nota de A1 para AA2 e ainda emitiu um viés negativo para os títulos públicos do país. Após quase dois anos de recessão, a Espanha vê sua taxa de desemprego, a maior da Europa, aumentar ainda mais. O crédito está restrito e os bancos em situação delicada.

O rebaixamento ocorre quatro dias após a Standard & Poors, outra agência de classificação de risco, também reavaliar para baixo a classificação da dívida espanhola. Outra agência, a Fitch (de classificação de risco) fez o mesmo – baixou a nota da Espanha.

A crise econômica internacional, que se espalha principalmente pelos países da zona do euro – 17 dos 27 que integram a União Europeia (UE) – é tema de reuniões do bloco no próximo fim de semana em Bruxelas, na Bélgica. Porém, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse que a solução a ser adotada deve ter efeitos apenas a longo prazo.

Merkel acrescentou que há estimativas de agravamento da crise. Para o governo brasileiro, os sinais são de que a crise não será tão breve, como se esperava, como disse na semana passada o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Os impactos da crise também dominam as conversas da presidenta Dilma Rousseff em sua viagem à África, onde visita a África do Sul, Moçambique e Angola.

A expectativa é que o mesmo tema esteja presente nas principais discussões dos chefes de Estado e de Governo do G20 (que reúne as 20 maiores economias mundiais), nos próximo dias 3 e 4 em Cannes, na França. Dilma participará das reuniões.

*Com informações da BBC Brasil//Edição: Graça Adjuto