Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação para as famílias com rendimentos mensais até 2,5 salários mínimos, ficou em 0,55% em setembro. O resultado supera a taxa do Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), que mede a inflação para o conjunto de famílias com rendimentos até 40 salários mínimos e fechou o mês em 0,50%.
No período dos últimos 12 meses, a inflação para as famílias de renda mais baixa também acumulou alta mais intensa do que o IPC-BR. Enquanto o IPC-C1 teve aumento acumulado de 7,45%, o índice geral para o país registrou 7,14% no mesmo período.
De acordo com dados divulgados hoje (7), pela Fundação Getulio Vargas (FGV), quatro das sete classes de despesa componentes do IPC-C1 apresentaram acréscimo em suas taxas. Pesaram mais no bolso dessa parcela de consumidores os gastos com habitação (de 0,43% para 0,89%), com destaque para gás de botijão (de 0,03% para 1,49%); alimentação (de 0,52% para 0,58%), especialmente hortaliças e legumes (de - 6,34% para -4,56%); vestuário (de -0,66% para 1,22%), principalmente roupas (de -0,52% para 1,47%); e despesas diversas (de 0,11% para 0,16%), com a contribuição de alimento para animais domésticos (de -0,44% para 0,38%).
Houve diminuição em saúde e cuidados pessoais (de 0,46% para 0,04%) e educação, leitura e recreação (de 0,01% para 0,00%). Ficaram mais baratos de agosto para setembro medicamentos (de 0,02% para -0,17%) e material escolar e livros em geral (de 0,07% para -0,59%).
A taxa do grupo transportes permaneceu sem variação pelo segundo mês consecutivo.
Para calcular o IPC-C1, a Fundação Getulio Vargas coleta preços de uma cesta de produtos e serviços consumidos por famílias com renda mensal até 2,5 salários mínimos nas seguintes capitais: Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Recife e Belo Horizonte.
Edição: Juliana Andrade