Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A greve nacional dos bancários, que hoje (7) completa 11 dias, atinge mais de 50% das agências do município do Rio. O movimento tem a adesão de 20 mil dos cerca de 30 mil trabalhadores do setor na cidade, segundo o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro. Por causa da paralisação, houve aumento na procura pelas agências lotéricas, onde as pessoas podem pagar algumas contas. Alguns correntistas reclamam que estão tendo prejuízos com a greve da categoria, que reivindica aumento salarial de 12,8% e já rejeitou a proposta patronal de 8% de reajuste.
A paralisação atinge principalmente as agências do centro do Rio. A greve tem menos força nos bairros mais afastados, de acordo com o presidente do sindicato da categoria, Almir Aguiar. Mesmo assim, ele acha que o movimento deve crescer nos próximos dias.
Por causa da greve, as agências lotéricas viraram alternativa para as pessoas pagarem as contas.
De acordo com Dora Chaves, gerente de um desses estabelecimentos, localizado no centro do Rio, a maior dificuldade é explicar às pessoas que a casa lotérica não é um banco. “Muitos saem daqui aborrecidos porque o banco dá informação errada sobre os valores que podem ser pagos em lotéricas.” O limite máximo, esclareceu, é R$ 700.
Consultor de comércio exterior, o argentino Oscar Rodrigues, se queixa que a greve está atrapalhando o seu trabalho.” Estou perdendo dinheiro. Estou pagando multa e juros porque os bancos estão fechados.”
De acordo com os bancários, o pedido de reajuste salarial de 12,8% representa 5% de aumento real, mais a inflação do período. Eles também querem a valorização do piso, maior participação nos lucros e resultados, mais contratações e o fim da rotatividade.
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) informou, por meio de sua assessoria, que a proposta de reajuste de 8% para os bancários está mantida e que não há previsão para nova rodada de negociação.
Edição: João Carlos Rodrigues