Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O teste da orelhinha, usado para diagnosticar problemas auditivos em bebês, é obrigatório em todos os hospitais e maternidades desde o ano passado. Porém, o Conselho Federal de Fonoaudiologia chama a atenção para o desconhecimento da Lei 12.203, que determina a realização do procedimento. Segundo a entidade, 15 milhões de crianças necessitam de tratamento por falta do diagnóstico precoce.
Para ajudar na divulgação da lei federal, o Senado apresentou hoje (6) uma campanha publicitária com material explicativo impresso, além de um vídeo de 30 segundos. Na ocasião, a presidenta do conselho, Bianca Queiroga, apresentou dados mostrando que de cada 1.000 recém-nascidos, três apresentam algum tipo de problema auditivo. O número de casos no país está na média do que é constatado em outras partes do mundo.
Ela destacou que o diagnóstico de problemas auditivos, com o teste, – se não for feito nos primeiros 28 dias de vida – só ocorrerá aos 3 anos, quando a criança já apresenta uma série de sequelas. No caso do diagnóstico precoce, o tratamento deve ser iniciado até os 3 meses. Para saber se o filho fez o teste antes da alta hospitalar é necessário que os pais verifiquem se há o item triagem auditiva na caderneta de vacinação da criança.
Como no Brasil as obrigatoriedade do exame é recente, ela reconheceu que diversos hospitais ainda não estão devidamente capacitados para o procedimento. Nesses casos, a recomendação do conselho é que as mães procurem locais específicos para que seus filhos sejam "prontamente atendidos". Além disso, a entidade sugere que se busque orientação nos órgãos competentes.
Edição: Talita Cavalcante