Da Agência Brasil
Brasília – Dez dias depois do início da paralisação dos bancários, a população brasiliense procura alternativas para efetuar pagamentos e fazer operações fora das agências. A maior parte das contas pode ser paga nas casas lotéricas, mas o limite de operações de R$ 1.000 e as grandes filas têm causado transtornos.
De acordo com o agente administrativo Juscelino Lopes, 56 anos, com a proximidade do Dia da Criança, a greve dos bancários tem sido um entrave. Ele conta que por causa do baixo valor permitido para saques, ele não conseguirá fazer a viagem que tinha planejado.
“Essa greve está prejudicando principalmente os trabalhadores, está tudo parado e a perda de tempo com as filas está atrasando minha vida, a viagem vai ter que ficar para depois”, relata.
Para o professor Manoel Alves, a greve é sinônimo de problemas. “Tenho contas para pagar hoje (6), porém meu pagamento também deveria sair hoje, com a greve, algumas contas vão ter que ficar para depois”, afirma. O professor diz que já encontrou formas de efetuar alguns pagamentos usando o Internet Banking, os serviços das lotéricas e os caixas eletrônicos. Entretanto, segundo ele, não é possível substituir todos os serviços. “Não dá para pagar a parcela do financiamento do veículo com desconto”, citou o professor.
Os aposentados e pensionistas também estão enfrentando dificuldades para receber seus benefícios e pagar contas. Uma parte deles tenta superar dificuldades e inseguranças diante de caixas eletrônicos e opta por levar algum parente ou amigo para auxiliar. Antônio Brás, filho de Petronilha Pereira, aposentada de 88 anos, teve que ir a um caixa eletrônico para sacar o benefício (de um salário mínimo) da mãe. “Quando os bancos estão funcionando, ela saca no próprio caixa. Em caixas eletrônicos, ela não sabe nem o trivial, então tive que vir retirar o dinheiro para ela”, conta.
Edição: Lílian Beraldo