Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Cento e cinquenta empresas de mais de dez estados já confirmaram participação no 9º Encontro Nacional de Tecnologia e Negócios (Rio Info 2011), que ocorre de amanhã (27) a quinta-feira (29) no Rio. Todas as empresas fazem parte de Arranjos Produtivos Locais (APLs) do setor de tecnologia da informação (TI), que o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) apoia nos estados.
O gerente do Sebrae no Rio, Ivan Constant, avaliou que a participação crescente das empresas dos APLs de TI estaduais no encontro mostra a importância do evento para a expansão dos negócios. “Isso vem, a cada ano, se consolidando. A experiência é satisfatória para todas as delegações. Por isso, o número de inscrições é crescente”.
Durante os três dias do evento, os pequenos empresários têm a oportunidade de conversar com representantes de empresas de outros estados e de países da Europa, das Américas do Norte e do Sul, além de participar de rodadas de negócios e estabelecer parcerias, informou.
“Essa é a grande vantagem: em um período de tempo curto, a gente consegue ter empresas de qualidade que podem gerar negócios para essas que estão vindo nas missões. Acho que esse é o grande trunfo”, disse Constant. As empresas integrantes das APLs de TI participam ainda, durante o Rio Info, de seminários e oficinas de capacitação sobre temas específicos. “Eu não tenho dúvida de que quem não vem fica no prejuízo”, acrescentou.
Segundo o gerente do Sebrae/RJ, os estados mais fortes na área de TI são o Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Alagoas e a Paraíba, além do Distrito Federal. Pernambuco, por exemplo, é considerado um dos maiores polos de desenvolvimento de softwares (programas de computador) nacionais. O setor responde por 3,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado e por 16% dos jogos de computadores criados no país. “É um destaque para aquela região. Eu diria que eles [os pernambucanos] estão bem à frente, junto com o Rio de Janeiro, que está na vanguarda, em termos de qualidade no desenvolvimento de softwares no Brasil”.
As áreas potenciais de produção de software no país são gestão empresarial, segurança da informação e games (jogos eletrônicos), disse Ivan Constant.
De acordo com pesquisa apresentada pela Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), o setor representou 4% do PIB no ano passado, contra 3,25% no ano anterior. Dados do Ministério do Trabalho indicam que o setor de TI nacional gera em torno de 1,9 mil empregos por mês no país.
Edição: Graça Adjuto