Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul (MPF/MS) expediu hoje (21) recomendação para que a Fundação Getulio Vargas (FGV) e o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe) façam adaptações nas provas dos concursos públicos aplicadas para candidatos com deficiência visual.
De acordo com o MPF/MS, o procurador regional dos Direitos do Cidadão, Felipe Fritz Braga, recomendou que as instituições ofereçam um programa leitor e de edição de texto para a realização dos concursos. As ferramentas permitem que a pessoa com deficiência visual consiga fazer anotações no texto da prova, sublinhar palavras ou reler frases. Para tanto, os candidatos também dever receber as provas em formato que permita as devidas alterações.
No caso do Cespe, embora o candidato possa usar um programa leitor de tela, é vedado o emprego de editor de texto, sob a alegação de que os programas fazem correções automáticas da grafia.
Na recomendação, o MPF/MS defende que as duas instituições têm a opção de programar o computador para não fazer a correção automática. Além disso, os candidatos fazem provas na frente dos fiscais, que podem impedir a correção automática.
Nos processos seletivos da FGV, apenas um ledor auxiliar é permitido. A pessoa realiza leituras para os candidatos, mas, de acordo com a recomendação, ele pode cometer erros ortográficos ou ter um ritmo de leitura diferente do que o candidato está acostumado.
O MPF/MS destacou que a aplicação de programa leitor e de editor de textos em provas já é usado por outras instituições que realizam concursos públicos, como a Escola de Administração Fazendária (Esaf) do Ministério da Fazenda e a Fundação Carlos Chagas (FCC).
Edição: João Carlos Rodrigues