Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba – O governo de Santa Catarina decretou hoje (20) situação de emergência sanitária no estado, por causa da descoberta de um foco de febre aftosa no Paraguai. Pela manhã, o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, reuniu-se com o secretário da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues, e autoridades do setor, para definir um plano de ação para impedir a entrada da doença no estado.
Ficou acertado que a Superintendência Federal de Agricultura do Ministério da Agricultura disponibilizará 40 veículos para reforçar a vigilância das barreiras sanitárias fixas e volantes, principalmente as localizadas na fronteira com a Argentina e da divisa com o Paraná.
“Devemos agir como se a ameaça estivesse ao nosso lado para preservarmos o trabalho de mais de 20 anos da agricultura catarinense”, disse o governador catarinense. Em 2007, Santa Catarina obteve a certificação internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como estado livre de febre aftosa sem vacinação. É o único do Brasil a conquistar este status.
O foco de febre aftosa foi identificado no departamento (estado) de San Pedro, em uma localidade denominada Sargento Loma, a 235 quilômetros (km) de Guaíra, no Paraná, e a 126 km da fronteira com Mato Grosso do Sul. A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) do Paraná já está adotando, também de forma emergencial, todos os procedimentos técnicos para evitar a circulação do vírus da febre aftosa no estado.
Segundo a assessoria da Secretaria da Agricultura, o departamento de Fiscalização e Defesa Sanitária da Seab está reforçando a fiscalização sobre o trânsito de animais e de produtos e subprodutos de origem animal em toda a área de fronteira de Mato Grosso do Sul. Para essa região, onde estão instalados seis postos de fiscalização, a Secretaria da Agricultura está deslocando técnicos para reforçar as unidades de vigilância sanitária.
No posto de fiscalização de Foz do Iguaçu, por onde passa grande quantidade de carga proveniente do Paraguai e da Argentina, o Ministério da Agricultura, órgão responsável pela vigilância em fronteiras internacionais, reforçou a atenção.
O governo paranaense faz um pedido a todos os produtores para que participem desse esforço de mobilização da vigilância sanitária, por meio dos conselhos municipais de Sanidade (CSAs). O governo quer que os pecuaristas auxiliem no processo de vigilância e de orientação para que denunciem casos de trânsito irregular de animais, sem a Guia de Trânsito Animal (GTA), emitido pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento.
Outro alerta é dirigido às pessoas que transitaram pelo Paraguai, nas áreas do foco de febre aftosa, para que evitem contato com animais em solo brasileiro. Segundo a Secretaria da Agricultura do Paraná, o último foco de febre aftosa registrado no estado foi em 2005.
Edição: Vinicius Doria