Agência Brasil
São Paulo - A Polícia Federal prendeu hoje (20) cinco pessoas acusadas de envolvimento em um esquema de contrabando de produtos eletrônicos e de eletrodomésticos vindos do Paraguai. Além das prisões feitas durante a Operação Canal Vermelho 2, organizada em conjunto com a Receita Federal, foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão nos estados do Ceará, de São Paulo, do Paraná, de Minas Gerais, além do Distrito Federal.
A ação é o desdobramento de outra operação feita no ano passado e que foi motivada pela tentativa de assassinato do auditor José Jesus Ferreira, da Receita Federal no Ceará. Segundo a PF, o comerciante iraniano Farhad Marvizi, preso desde 2010, foi o mandante do crime. Ele tinha lojas no Ceará que comercializavam produtos contrabandeados pela quadrilha, que teve integrantes presos hoje. As ações de fiscalização do auditor motivaram a ordem de execução, de acordo com a PF.
“Após a prisão do iraniano, o próximo passo foi descobrir a origem dos produtos ilegais, o que resultou na operação de hoje”, explicou Cláudia Braga, da Superintendência da Polícia Federal no Ceará. As investigações apuraram que a mercadoria era comprada no Paraguai e entrava no Brasil em aviões de uma transportadora em Foz do Iguaçu. Esta mesma empresa armazenava e distribuía o contrabando.
Os principais receptadores eram empresas no Distrito Federal e em São Paulo que faziam com que os produtos chegassem aos demais estados. No Ceará, outros locais de venda, que não pertenciam ao iraniano, continuavam recebendo as mercadorias.
“Não sabemos estimar a quantidade de produtos que já entrou no Brasil por esse esquema, nem o montante de imposto não recolhido, porém, apenas em um local de apreensão, na cidade de São Paulo, no Shopping Oriente, na região da Rua 25 de Março, os produtos totalizaram mais de R$ 300 mil. As principais mercadorias eram celulares e câmeras fotográficas”, explicou o delegado da Polícia Federal Inacy Pereira de Jesus.
Além de locais de comércio e da transportadora, uma gráfica no Ceará também é acusada de integrar a quadrilha e é um dos alvos da operação de hoje. “Temos informação de que eram emitidas notas fiscais falsas para burlar a fiscalização”, disse Cláudia Braga.
Edição: Talita Cavalcante