Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A partir de hoje (16), a população mais vulnerável ao HIV conta com um serviço itinerante na capital paulista. Por seu intermédio, as pessoas poderão fazer um teste e receber o resultado em menos de uma hora. Em um primeiro momento, o programa Quero Fazer oferecerá o teste no Largo do Arouche, na região central da cidade, aos domingos, das 16h às 20h.
Executado pela organização não governamental Associação Espaço de Prevenção e Atenção Humanizada (Epah), o Quero Fazer tem o apoio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, do Departamento de DST/Aids e Hepatites do Ministério da Saúde, da Coordenação Estadual de DST/Aids de São Paulo e do Programa Municipal de DST/Aids. Os testes serão fornecidos pelo Ministério da Saúde.
De acordo com o diretor do Quero Fazer, Beto de Jesus, o projeto objetiva levar os serviços para perto das pessoas mais vulneráveis ao HIV. O programa teve início em 2009 em Recife e, em seguida, foi levado ao Distrito Federal (2010) e ao Rio de Janeiro.
Segundo dados do Quero Fazer, nos dois primeiros anos foram feitos mais de 5 mil testes, superando a meta inicial de 4,7 mil. Do total, 2,7 mil pessoas disseram fazer parte do público-alvo do programa. A meta é fazer mais 10 mil testes entre 2011 e 2014, quando os programas municipal e estadual devem assumir a liderança do projeto e continuar as atividades.
Segundo o diretor do Departamento de DST/Aids e Hepatites do Ministério da Saúde, Dirceu Greco, o enfrentamento à doença chega a todos os níveis e o programa nacional só funcionou por causa da capilaridade do Sistema Único de Saúde (SUS) e da participação da sociedade civil.
De acordo com dados da Epah, baseados no Boletim Epidemiológico do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, o Brasil contabiliza anualmente 11 mil mortes por aids, o que corresponde a 20% do total de óbitos da América Latina.
Edição: João Carlos Rodrigues