Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ex-procurador-geral do Distrito Federal, Leonardo Bandarra, e a promotora Deborah Guerner viraram réus em uma nova ação penal na Justiça Federal. Hoje (15), o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) aceitou denúncia que acusa os membros do Ministério Público de violação de sigilo funcional, concussão – exigir vantagem em função do cargo – e formação de quadrilha. As denúncias têm relação com a Operação Caixa de Pandora, que revelou pagamento de propina no Distrito Federal, esquema conhecido como mensalão do DEM.
De acordo com o Ministério Público, eles vazaram dados da Operação Megabyte, da Polícia Federal, para impedir o cumprimento de mandados de busca e apreensão contra políticos do Distrito Federal. O grupo teria exigido R$ 1 milhão pelo serviço. Além de Bandarra e Deborah, o tribunal abriu ação penal contra o marido da promotora, Jorge Guerner, e contra a ex-servidora pública Cláudia Marques, acusada de intermediar o esquema. Eles respondem apenas por concussão e formação de quadrilha.
Essa é a segunda vez neste ano que o tribunal aceita denúncia contra Bandarra e o casal Guerner. Em julho, a Corte Especial do tribunal abriu ação penal para investigar suposta chantagem feita contra o então governador José Roberto Arruda. Eles teriam exigido R$ 2 milhões em troca de não divulgar vídeo em que Arruda recebe dinheiro ilegal.
Edição: Rivadavia Severo